Voltar

Notícias

Postos de combustíveis de Minas já enfrentam problemas de desabastecimento

22/10/2021

Fonte: O Tempo

Postos de combustíveis de Minas Gerais com estoque reduzido já enfrentam problemas de desabastecimento em função da greve dos tanqueiros, iniciada no Estado e em outras regiões do país na madrugada da quinta-feira (21). A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais, o Minaspetro.

A greve dos tanqueiros já impacta no abastecimento de veículos que circulam por Belo Horizonte no início da manhã desta sexta-feira (22).

De acordo com o Minaspetro, todas as regiões do Estado já estão sendo prejudicadas, uma vez que a base em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, “é estratégica para a distribuição de combustíveis estadual.” Não há detalhes sobre percentual de desabastecimento de postos.

Ainda assim, o Minaspetro recomenda à população que não faça uma corrida aos postos, uma vez que a ação é a principal geradora do desabastecimento.

Na nota enviada à imprensa, o sindicato informou que entrou em contato com o governo Estadual e que “solicitou que o pleito dos caminhoneiros fosse atendido”. Disse ainda que segue monitorando a greve e que “é solidário ao pleito dos caminhoneiros.”

Finaliza, reiterando, que “a greve não é a melhor solução para o problema, uma vez que a paralisação prejudica a população e gera ainda mais incertezas no mercado de combustíveis já em crise nacional”.

A reportagem entrou em contato com o Sinditanque sobre o andamento da greve nesta sexta (22), mas ainda não obteve retorno.

Impactos da greve nos postos

No posto de combustíveis da avenida Tereza Cristina, na altura do bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, já falta gasolina. No local, era possível abastecer apenas com etanol.

O motorista Adilson Moreira, de 56 anos, concorda com a paralisação dos tranqueiros e acredita que essa é a forma correta de pressionar as autoridades. “Caminhoneiro tem que parar mesmo. Isso é uma indecência. Aumenta o preço e a gente não observa melhora em nada”, afirma.

Ao ser questionado se tem receio de ficar uns dias em casa por causa da possível falta de combustível, Adilson diz não ter medo. “Estou colocando álcool e vendo até onde consigo trabalhar. Eu trabalho de carteira assinada. Por isso, não tenho medo porque se faltar gasolina a empresa que tem que resolver”, avalia.

O frentista Reginaldo Martins, de 35 anos, concorda com a paralisação. “No geral, afeta porque, se não tiver combustível, a gente não chega no trabalhos. Mas a paralisação dele é preciso porque o preço do combustível e a inflação estão muito altos. Se a greve for com o intuito de ajudar o trabalhador, eu sou a favor”, afirma.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.
publicidade