Abastecimento até a boca: por que seu posto deve evitar essa prática?
Uma prática muito comum no Brasil é o abastecimento após o acionamento da trava de segurança da bomba, o chamado “encher até a boca”. Os motivos são variados. Pode acontecer que o cliente queira aproveitar ao máximo a capacidade do tanque ou um valor de combustível que esteja vantajoso no momento, o que é ilusório. Ou o frentista pode usar o expediente para arredondar o total abastecido, com o objetivo de facilitar o troco.
Independentemente disso, o fato é que a prática é condenável, tanto pelo ponto de vista da mecânica do carro quanto pelo ponto de vista ambiental e da saúde humana. Veja o porquê neste post:
O que acontece no carro com o abastecimento até a boca
O cânister
Uma peça com um nome pouco comum, o cânister é um tipo de recipiente onde são colocados grãos de carvão ativado, que servirão como um filtro que evitará que os vapores exalados pelo combustível que se acumulam no tanque sejam liberados para a atmosfera. Uma vez no cânister, a partir de um comando da central eletrônica do veículo, esses vapores são enviados para o motor, para que façam parte da mistura e sejam queimados durante a combustão.
Instalado próximo ao catalisador, um dispositivo denominado “sonda lambda” faz a análise dos gases queimados pelo motor, enviando novos dados para a central eletrônica, que definirá se os vapores contidos no cânister já foram queimados ou se eles devem continuar sendo injetados no motor.
A trava de segurança da bomba
Para evitar que o cânister seja inundado pelo combustível, as bombas são equipadas com uma trava de segurança. Essa trava é acionada quando o combustível chega ao bico de abastecimento, fazendo com que as bombas desliguem. Como o bico tem comprimento suficiente para ficar abaixo do nível do cânister, ela protege o dispositivo da inundação.
O abastecimento até a boca
Quando o frentista retira o bico do tanque e força o abastecimento até a boca, o cânister fatalmente será inundado, criando uma série de riscos.
Os danos trazidos por essa prática
Danos ao motor
Quando o cânister é inundado pelo combustível, a sonda lambda entenderá que os vapores que estão no recipiente devem ser queimados, enviado aquele combustível para o motor. Esse combustível pode carregar partículas do carvão filtrante do cânister para dentro do motor, que pode ser seriamente danificado.
Danos ao meio ambiente
Com o cânister inundado, a capacidade que o dispositivo tem para filtrar vapores fica comprometida, permitindo que eles os liberem para atmosfera, causando a poluição.
Danos à saúde humana
Uma das substâncias contidas nos vapores dos combustíveis, o benzeno é considerado cancerígeno e pode comprometer a saúde de consumidores e de frentistas quando é expelido para a atmosfera, o que ocorre com o abastecimento “até a boca”.
A sua proibição
A seriedade do problema é tamanha que assembleias e câmaras municipais, como as do Estado de Santa Catarina e do Município de Londrina (PA), já estão se mobilizando para proibir a prática do abastecimento até a boca em seus respectivos estados e municípios.
Enquanto não há uma legislação federal sobre o assunto, outras medidas também estão sendo tomadas pela sociedade civil, como no Rio de Janeiro, onde ambientalistas fazem campanhas junto aos postos de combustível para fazer cumprir uma lei que proíbe a prática nesse estado desde janeiro do ano passado.
Portanto, orientar os frentistas que evitem o abastecimento até a boca é uma boa medida que deve ser adotada em todos os postos de combustíveis. Você permite que essa prática seja realizada em seu posto de combustível? Acha que deveria ser proibida? Manifeste sua opinião, deixe seu comentário!
Multi Boa as süss orientacoes
Olá Adeilton. Tudo bem?
Que bom que o Blog do Minaspetro está sendo útil para o seu negócio 😀.
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