Entidades que representam um setor econômico essencial para o Brasil precisam agir com coragem e base técnica. Tomar decisões em nome de mais de 40 mil revendedores de combustíveis exige responsabilidade e critérios sólidos, não achismos. Por isso, nossas posições devem ser fundamentadas em indicadores confiáveis, como os apresentados no Estudo sobre a Indústria Brasileira de Combustíveis 2020, encomendado pela Fecombustíveis e produzido pelo CBIE.
O estudo analisou temas que impactam diretamente a cadeia de abastecimento, como privatização das refinarias da Petrobras, venda direta de etanol, verticalização, reforma tributária, pandemia da Covid-19, sonegação e outros desafios enfrentados pelo setor. As conclusões servem como base para discutir com os reguladores decisões estratégicas que moldarão o futuro da revenda nos próximos anos.
O levantamento confirmou preocupações já levantadas pelo Minaspetro, como os riscos da verticalização. Surpreendentemente, também apontou que a venda direta de etanol seria positiva, tema sensível devido à possibilidade de sonegação fiscal. Isso nos preocupa, pois sem controle rígido, o modelo pode repetir problemas da década de 1990 e enfraquecer ainda mais a estrutura tributária do setor.
Outro destaque é a discussão sobre o autoabastecimento, também chamado de self-service. Embora pareça uma alternativa atrativa para reduzir custos com folha de pagamento, o modelo pode comprometer a diferenciação competitiva dos postos. Retirar os frentistas significa perder agentes de venda estratégicos e ainda abre espaço para distribuidoras atuarem diretamente no varejo.
Concluo reafirmando o orgulho em ser revendedor. Mesmo em tempos desafiadores, mantemos o país abastecido, inovando e preservando empregos. A resiliência, a criatividade e a união do nosso setor continuam sendo nossas maiores forças.
Vamos seguir juntos, com esperança e determinação. O Minaspetro segue atuante, inovando e defendendo a nossa categoria.
Boa leitura
