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Refinaria Abreu e Lima, a fábrica de diesel
07/07/2014
A Refinaria Abreu e Lima (Rnest) foi apelidada dentro da Petrobras como uma “fábrica de diesel”. Isso porque a unidade de refino pernambucana foi desenhada para transformar em gasóleo 70% de todo petróleo que for processado nela. O diesel produzido em terras pernambucanas vai atender o mercado do Nordeste, dependente das importações do derivado. Com a entrada em operação da Rnest, prevista para 2015, a expectativa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) é zerar as importações de diesel num prazo de até três anos. Em Pernambuco, as importações do combustível vêm crescendo em ritmo exponencial, passando da casa dos US$ 30 milhões (em 2008) para o patamar do bilhão.
Em 2013, o diesel ocupou o topo do ranking das importações do Estado, com compras da ordem de US$ 1,1 bilhão. O número foi 12% superior ao registrado no ano anterior. O crescimento mais emblemático aconteceu entre 2011 e 2012, quando as importações do combustível registraram expansão de 583%, passando de US$ 160,5 milhões para US$ 1 bilhão, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Nos cinco primeiros meses deste ano, as importações aumentaram 15% na comparação com igual período de 2103, saindo de US$ 680,1 milhões para US$ 449 milhões.
O diesel é o combustível mais consumido do País, com 42,1% de participação, e é também o que apresenta maior taxa de crescimento. Projeções da ANP para este ano apontam um aumento de 5% no consumo total de combustíveis no Brasil, com taxa estimada de 4,2% para a gasolina tipo C e de 4,6% para o diesel. E a tendência é que continue crescendo.
No Plano Decenal de Energia, com horizonte para 2020, o Ministério de Minas e Energia projeta déficit entre a produção e a demanda de diesel, desde 2011 até 2020. No ano passado, por exemplo, o saldo negativo foi de 19.553 m³ de diesel por dia. Terceira maior região consumidora, e sem grandes níveis de produção, o Nordeste depende das importações. Um problema que a Refinaria Abreu e Lima poderá resolver mas, para isso, precisa ficar pronta.
Fonte: Jornal do Comércio (PE)
