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Postos de combustíveis do Recife aumentam preço da gasolina antes do previsto
21/08/2014
No início de agosto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que até o final deste ano deve haver um reajuste dos combustíveis, enfatizando que a decisão depende das empresas responsáveis e não deve ser antecipada, pois mexe com o mercado. Coincidentemente, na última semana – logo após as declarações do ministro, alguns postos do Recife aumentaram o preço da gasolina, que já pode ser encontrada por até R$ 3,10 o litro, no Recife.
Alguns consumidores notaram os reajustes na bomba e já começam a pesquisar as melhores opções para abastecer o veículo. É o caso do administrador Aldo Miguel da Silva – que abastece a cada três dias o carro. “Não faço o mesmo roteiro todo dia e por isso estou sempre reparando no preço da gasolina. Até a semana passada gastava em média R$ 110 para completar o tanque e desde a semana passada aumentou para R$ 120”, conta, acrescentando que costuma abastecer sempre em postos diferentes.
O coordenador de Tecnologia da Informação Gustavo Albuquerque enche o tanque a cada 15 dias e sempre coloca gasolina em dois postos diferentes na região central do Recife. “Da última vez que completei o tanque foi R$ 130 e agora vai dar R$ 147, uma diferença de R$ 17. Parece pouco, mas tem um impacto nos gastos”, considera.
Numa ronda pelos bairros centrais do Recife, a reportagem encontrou postos que reajustaram em até 10% os preços desde a última semana. A explicação da maioria é de que se o preço aumenta na distribuidora também aumenta na bomba. “Aumentou faz uns 15 dias porque o distribuidor subiu também. Algumas pessoas têm reclamado”, informa o frentista Alexandre Silva, de um posto de gasolina no Espinheiro.
Num dos locais visitados pela reportagem, entretanto, no bairro da Boa Vista, o preço do litro da gasolina caiu, passando de R$ 2,80 para R$ 2,70 o litro. “Normalmente eu coloco gasolina aqui porque o preço sempre é menor. Gasto até R$ 500 com gasolina por mês e por isso sempre fico atento aos lugares que têm os preços mais baixos”, explica o eletrotécnico Andrey Gustavo Silva.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis), Alfredo Pinheiro Ramos, a alteração dos preços das últimas semanas não pode ser considerada um reajuste, mas uma volta ao patamar praticado antes da Copa do Mundo deste ano.
“O governo federal vem controlando a inflação através dos preços da gasolina e da energia elétrica. Em relação ao mercado internacional de uma forma geral há um prejuízo entre 10% e 15% todos os meses. Neste momento, os preços estão voltando ao patamar praticado em maio. Com a Copa do Mundo, a expectativa era de um mercado nacional aquecido também para o consumo de combustível – o que não aconteceu, com a queda de faturamento em muitos negócios. Isso fez com que as distribuidoras aplicassem descontos no período e agora estão voltando com os preços anteriores”, explica Ramos.
Fonte: Diário de Pernambuco