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Gasolina chega a custar até R$ 3,19 em postos de Uberlândia

12/11/2014

gasolinaOs proprietários dos postos de Uberlândia já repassaram desde domingo o reajuste no preço dos combustíveis anunciados pelo governo. A gasolina, agora, custa até 6% a mais do preço que vinha sendo cobrado nos últimos dias. Um levantamento informal feito pelo CORREIO de Uberlândia e confirmado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) revela que, em alguns estabelecimentos da cidade, o litro do produto chega a custar até R$ 3,19, ou seja, valor R$ 0,20 maior do que os R$ 2,99 cobrados anteriormente.

Mas, conforme apurado, a maior parte dos estabelecimentos elevou o preço da gasolina para R$ 3,09. O valor representa um aumento de cerca de 3% e equivale ao percentual anunciado pelo governo, na última quinta-feira (6), para o produto saindo das refinarias da Petrobras. “Quem aumentou mais do que 3% deve estar querendo recuperar alguma margem. Isso porque nós estávamos trabalhando abaixo do preço de custo que precisaríamos praticar ultimamente”, afirmou o vice-diretor regional do Minaspetro, Marcelo Alcântara.

A elevação da gasolina, no Brasil, pela Petrobras era esperado pelo mercado logo após o término das eleições e está relacionada às necessidades da estatal, uma vez que a empresa alega perdas acumuladas no ano e precisava tomar medidas para evitar a fuga de investidores. Com dívida crescente, em outubro deste ano, a Petrobras chegou a perder pontos e ser rebaixada de posição na agência de classificação de risco Moody’s, que orienta investidores na bolsa de valores.

Com o aumento sob essa situação, há agora a probabilidade de que a margem de preço da gasolina a ser praticada na cidade a partir de agora nunca mais baixe para menos de R$ 3 o litro, segundo Alcântara.
Preços acima dos R$ 3 começaram a ser cobrados devido à inflação e a outros fatores diversos, ainda neste ano, e o pico de R$ 3,19 também já chegou a ser encontrado nas bombas no mês de julho.

Diesel

O governo anunciou, também na última semana, que, a exemplo da gasolina, o aumento de 5% no valor do diesel nas refinarias também já chegou às bombas dos postos de combustíveis de Uberlândia.
O aumento verificado informalmente pelo CORREIO de Uberlândia foi de 4%, inferior ao informado pelo governo, saindo do máximo de R$ 2,58 praticados nos últimos dias para R$ 2,69 encontrados desde domingo.

Etanol volta a ser competitivo

Com a gasolina custando entre R$ 3,09 e R$ 3,19 nos postos de Uberlândia, o etanol voltou a ser competitivo. Encontrado até por R$ 2,19, o derivado de cana-de-açúcar chega a ser entre 62% e 68% do preço da gasolina dependendo do estabelecimento. Assim, está dentro do patamar de que, se custar até 70% do valor do fóssil, torna-se mais vantajoso usá-lo para quem tem carros flex.

E a expectativa da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) é que essa situação continue perdurando ao longo dos meses, como forma de tornar o etanol, sem paridade à gasolina desde 2009, novamente prioridade na opção do brasileiro. “Nós temos estoque acima do que o do ano passado e, portanto, suficiente para suportar a provável demanda maior que irá ocorrer”, disse o presidente da associação, Mário Campos Ferreira Filho.

Minaspetro teme queda no consumo

A volta do preço da gasolina a patamares acima de R$ 3 nesta semana tende a prejudicar o comércio específico do combustível, conforme afirma a direção regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro).

Segundo o vice-diretor regional, Marcelo Alcântara, as vendas nos comércios podem cair até 12% devido ao fato de que a circunstância deve levar muitos consumidores a buscar o transporte alternativo.
“Várias delas optam pelo transporte público ou um esquema de carona. A redução do consumo nos prejudica e pode impactar até na questão do emprego”, disse.

Fonte: Correio de Uberlândia

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.