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Belo-horizontinos fazem fila para economizar em dia sem impostos

22/05/2015

DLI2015O declínio da economia brasileira tem feito com que os consumidores não deixem passar nenhum desconto que seja. Em Belo Horizonte, o Dia da Liberdade de Impostos, realizado nesta quinta-feira (21), é aguardado todo o ano e, desta vez, conta com a participação de cerca de 200 comerciantes, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. O objetivo é mostrar aos consumidores quanto do preço final é abocanhado pelos tributos federais, estaduais e municipais, na hora da compra. Isso é feito através da comercialização de vários produtos sem o valor dos tributos.

Este é o nono ano em que ação é desenvolvida em Belo Horizonte e a gasolina continua sendo o principal chamariz de clientes ávidos por desconto. O posto de combustíveis Pica-Pau, na avenida do Contorno, no bairro Barro Preto, na região Centro-Sul, distribuiu 105 senhas para carros e 120 para motocicletas pela manhã, mas o primeiro freguês já iniciou a fila às 18h30 desta quarta-feira (20).

“Acho a carga tributária no Brasil muito grande e é por isso que não tem como não aproveitar uma oportunidade dessa”, afirmou o Gilberto Mendonça, 57, que dormiu no local, para garantir que seria um dos consumidores a poder colocar o máximo de 33 litros em seu veículo, pagando apenas R$ 1,93 por litro. A fila de carros que se formou gerou congestionamento até a avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Cidade Nova.

Considerando que a média do valor do litro da gasolina comum na capital é de R$ 3,30, o desconto é de 41%. O posto vai vender 5.000 litros do combustível ao preço mais baixo, nesta quinta.

“O consumidor normalmente culpa muito o posto pelo preço do combustível e com essa ação, a gente mostra quem é o verdadeiro vilão do preço alto. O aumento do preço do combustível não é bom para o dono do posto, como o consumidor pode imaginar. Quando a gasolina aumenta, a margem do dono do posto pode cair e o volume, com certeza cai, o que é ruim para os negócios. Recentemente, o governo do Estado reduziu o ICMS do etanol em 5% (de 19% para 14%) e com isso, o volume de vendas neste posto, multiplicou em três vezes”, justificou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Eduardo Mendes Guimarães Junior.

“Os lojistas que aderiram ao movimento têm o prejuízo com a venda dos produtos, mas acreditamos ser uma forma válida para mostrar aos clientes o tamanho da carga tributária que pagamos”, explicou Matheus Ferraz, gerente de marketing e sócio da Dog Shop, no bairro Funcionários.

Cerca de 200 produtos, com descontos de até 44% foram colocados a venda na loja e a expectativa, em relação ao comércio da ração, o produto mais procurado, é de mais de 1 tonelada. Só o turismólogo Luiz Frederico Andrade, 41, comprou 90 kg do produto de uma só vez. “Eu comprei com quase 50% de desconto, o que realmente mostra o absurdo que é a carga tributária no Brasil e como não existe contrapartida do governo, mesmo com a carga tributária tão alta”, avaliou o morador da zona rural de Nova Lima, que possui 57 cachorros adotados.

São mais de 300 produtos de setores como vestuário, cosméticos, farmácia, papelaria, brinquedos, materiais de construção, móveis e decoração, produtos pet e alimentação. Os descontos variam de 12% até 75%.

Fonte: O Tempo

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.