Notícias
Adulteração é feita com solvente e água
28/05/2015
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta o chamado “batismo” como a fraude mais comum na adulteração de combustível para automóveis. Nela, são adicionados à gasolina e ao álcool produtos como solventes (de tinta e borracha), etanol além do percentual previsto pela legislação (de 27% para gasolina comum e 25% para o tipo premium) e água. A prática é reprimida pelo órgão em operações realizadas nos postos de combustíveis, uma vez que afeta, sobretudo, carros de passeio. Há relatos de adulterações também em combustíveis de avião.
Como consequência do “batismo”, peças do sistema de alimentação do motor passam a apresentar um desgaste maior, reduzindo seu tempo de vida útil. O desempenho do veículo cai, o motor funciona mal, e o consumo aumenta muito — sinal mais comum de que o combustível foi adulterado.
No caso dos carros de passeio, o motor rateia até parar. Além disso, tanto o sistema de injeção eletrônica quanto o de escape podem apresentar corrosão.
No caso do etanol, a adição de água da torneira pode entupir a bomba de combustível utilizada no motor, já que o líquido vem cheio de minerais e cloro. Os resíduos obstruem o equipamento. O “batismo” também pode prejudicar outras peças, como anéis, cilindros, válvulas, bicos injetores e o catalisador, que faz parte do cano de descarga. O etanol batizado, quando usado diretamente no motor ou misturado à gasolina, ainda pode contaminar com água o óleo do motor.
Extraído do site da Fecombustíveis
Fonte: O Globo Online