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A Gasmig lançou campanha de revitalização do mercado de gás natural veicular (GNV) no Estado. A meta é duplicar em um ano o consumo diário atual, de aproximadamente 100 mil metros cúbicos. A preparação dos automóveis poderá ser financiada pela Caixa.

 

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) lançou ontem uma campanha para revitalização do mercado de gás natural veicular (GNV) no Estado. A meta da empresa é duplicar, em um ano, o consumo diário atual, que é de aproximadamente 100 mil metros cúbicos (m3).

 

Foi lançada uma promoção intitulada “Vou no gás'”, para motivar a compra ou conversão de veículos ao gás. A preparação dos automóveis poderá ser financiada pela Caixa Econômica

Federal em 36 ou 48 vezes. Além disso, os motoristas ganharão um bônus de 300 m3 de GNV e os taxistas, o dobro: 600 m3. A expectativa é que 3 mil taxistas respondam a esses apelos.

 

O presidente da Gasmig, Fuad Noman, ressaltou que o momento é propício para o crescimento do número de veículos a gás. “Está faltando gasolina e os produtores estão trocando o álcool pelo açúcar, Por outro lado, o GNV tem garantia de abastecimento por mais 58 anos e o seu preço está estabelecido na metade dos outros combustíveis”, defende.

 

Um convênio foi assinado com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Minas Gerais. Ainda em fase de testes, será estudada a utilização do GNV em mil carros da frota pública. Serão avaliados dados de sustentabilidade e redução de despesas. O plano-piloto poderá abrir o restante dos 20 mil veículos do Estado para o uso do combustível.

 

Reservas

 

Durante a apresentação da campanha, a secretária de Estado de Desenvolvimento e Gestão, Renata Vilhena  declarou que o governo está provendo todas as condições para que o gás seja mais utilizado. “É uma meta ampliar esta matriz energética. Ainda mais porque foram descoberta s reservas no Estado. Outra necessidade é a economia, hoje gastamos R$ 56 milhões por ano em abastecimento de combustível”, afirmou.

 

O presidente da Gasrnig comemorou a participação direta do governo mineiro na campanha. “Se o Estado vai utilizar o GNV é porque não vai faltar gás e o preço permanecerá baixo”, argumentou Fuad.

 

A companhia distribui, com exclusividade, gás natural canalizado em todo o território mineiro. O fornecimento do combustível foi contratado com a Petrobras até 2026. Atualmente, o GNV c comercializado ao consumidor final em 80 postos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

 

Em julho, foram distribuídos 3,35 milhões de metros cúbicos de gás natural veicular (GNV) pela Gasmig. Volume aproximado ao registrado em junho: 3,4 milhões. Em comparação com julho do ano passado, quando a distribuição de GNV atingiu 3,56 milhões de metros cúbicos, a retração foi de 4,6%.

 

Meta para 2012 é distribuição domiciliar

 

Nos primeiros meses de 2012, Belo Horizonte deve inaugurar uma rede de distribuição domiciliar de gás natural. Esta é a previsão da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), que investe R$ 250 milhões no segmento residencial. Os bairros da Zona Sul serão os primeiros a contar com um ramal do gasoduto, e a abrangência deverá ser aumentada com o tempo. Segundo o presidente da empresa, Fuad Noman. o projeto domiciliar visa à implantação dessas redes gradativamente cm todas as áreas urbanas servidas pelos gasodutos da distribuidora.

 

Nas moradias, o gás natural substitui parcialmente a energia elétrica c totalmente o gás de cozinha (gás liqüefeito de petróleo – GLP). O uso mais comum é no aquecimento de água, por meio de aquecedor próprio, que alimenta chuveiros e pias. Mas também tem aplicação cm piscinas, saunas, banheiras, fogões, lareiras, ar-condicionado e churrasqueiras.

 

Outro projeto prioritário da Gasmig é a interiorização do fornecimento de gás natural. O gestor informou que um mapeamento completo da demanda no Estado está cm fase de conclusão. “Onde tiver indústrias precisando, nós chegaremos”, afirma Fuad. Os mercados para os quais os estudos estão mais avançados são os de Montes Claros (Norte de Minas) e Governador Valadares (Vale do Rio Doce), localidades que serão abastecidas em julho e agosto do ano que vem, respectivamente.

 

De acordo com a Assessoria de Imprensa da companhia, mesmo sem o fornecimento por gasodutos, essas cidades receberão o combustível transportado por rodovias, na forma de Gás Natural Comprimido (GNC) ou Gás Natural Liqüefeito (GNL). O investimento, que envolve a implantação de uma base receptora e da própria rede de distribuição, c menor que o da extensão do gasoduto. Esse modelo foi utilizado cm Poços de Caldas e Andradas, no Sul de Minas, e posteriormente substituído pela alimentação direta do gasoduto, após o aumento da demanda.

 

Recentemente, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede) encomendou à Gasmig estudos de viabilidade econômica para a implantação de gasodutos em diversas regiões. Foram solicitados levantamentos para os trechos: Belo Horizonte – Corinto (209 km), na região Central; Corinto – Pirapora (135 km), no Norte de Minas; Pirapora – Montes Claros (163 km), também no Norte de Minas; Belo Orienle – Governador Valadares (90 km), no Vale do Rio Doce; e Governador Valadares – Teólilo Otoni, no Vale do Mucun (139 km).

 

Fonte: Diário do Comércio (MG)