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Uberaba libera área para fábrica

07/06/2013

A construção de uma planta de amônia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, que se encontra em fase de licitação, acaba de avançar em mais um ponto. O processo de transferência do terreno que abrigará a unidade à Petrobras foi concluído. A área localizada no Distrito Industrial 3 (DI), com mais de 1 milhão de metros quadrados, próxima à fábrica da Vale Fertilizantes, que pertencia à antiga Dupont, finalmente foi passada à estatal de forma oficial.
“Essa é mais uma demonstração de que o projeto não está parado e que tanto o governo estadual, quanto a prefeitura, e a própria Petrobras estão imbuídos no desenrolar do processo. Desde o início essa transferência era aguardada e sua conclusão significa que o projeto pode continuar”, comemora o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes.
Ainda segundo ele, o terreno, que já passou pelo processo de terraplenagem, sempre foi o mais adequado para receber as instalações. As obras ocorreram simultaneamente às primeiras tentativas da Petrobras de colocar o empreendimento em concorrência. Os trabalhos foram realizados pela Construtora Egesa e estavam relacionados à primeira etapa de instalação da fábrica.
Entretanto, o cronograma inicialmente proposto não foi seguido, já que as duas tentativas da estatal de licitar a planta de amônia de Uberaba não tiveram sucesso, em virtude dos altos preços apresentados pelas empresas participantes. À época, o sobrepreço chegou a cerca de 65% do valor estimado no projeto original.
Depois disso, a Petrobras decidiu ampliar as possibilidades das candidatas ao certame também em âmbito internacional e uma nova concorrência foi iniciada em março. As propostas serão entregues novamente no fim do próximo mês.
Conforme Gomes, as possibilidades de esse certame chegar a um resultado são maiores, dada a abertura para a participação de empresas internacionais. Nos outros dois, apenas grupos brasileiros poderiam apresentar propostas. “A expectativa é positiva”, diz.
Produção – Batizado de Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V), a planta de amônia, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), vai demandar US$ 1,3 bilhão em inversões e será viabilizado pelo ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que será bancado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
A unidade no Triângulo Mineiro tem previsão de produção de 519 mil toneladas de amônia por mês. A substância é utilizada como insumo na fabricação de fertilizantes. A fábrica irá operar em regime de 24 horas/dia.
A licença ambiental de instalação foi concedida em abril do ano passado e a expectativa é que sejam gerados cerca de 4,7 mil postos de trabalhos diretos e indiretos durante o período de obras. Após o início das operações este número será de 270.
O secretário lembra ainda que reuniões entre a prefeitura e a estatal têm sido realizadas mensalmente. A próxima está marcada para o próximo dia 21. “Nesses encontros discutimos o andamento do processo, bem como definimos o papel de cada envolvido na questão. Mas, o mais interessante dessas reuniões, é que as mesmas não deixam dúvidas quanto à vontade do governo federal e da Petrobras de que o empreendimento saia do papel”, revela.
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