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Roubo de cargas e os prejuízos para Minas Gerais

25/02/2025

 

 

Foto Ilustrativa criada por IA

Fonte: Diário do Comércio

O relatório “Análise de Roubo de Cargas”, elaborado pela nstech, traz um dado alarmante. Minas Gerais foi o terceiro estado do País com o maior número de ocorrências desse tipo em 2024. Medidas precisam ser adotadas urgentemente para que, além dos prejuízos, esse cenário não afaste investimentos em terras mineiras.

De acordo com o levantamento, 12,1% de todos os roubos de cargas registrados no Brasil no ano passado ocorreram em Minas Gerais. A primeira posição desse ranking negativo ficou com São Paulo, com impressionantes 45,8% dos sinistros, seguido pelo Rio de Janeiro, com 25%.
Em Minas, a BR-381 respondeu por 32,2% dos prejuízos causados pelos roubos de carga durante o ano passado.

A ampliação dos investimentos em segurança pública é crucial para tirar Minas Gerais desse ranking. Além de maior patrulhamento, reduzir o número de roubos passa por apostar em trabalho de inteligência para identificar as quadrilhas especializadas, bem como os receptadores das mercadorias em poder dos bandidos.

O depoimento do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Antonio Luis da Silva Junior, ao Diário do Comércio, ressalta uma verdade inegável: mesmo com investimentos constantes em tecnologia e segurança, a impunidade permite que criminosos atuem livremente, transformando as rodovias em verdadeiros corredores do crime.

Dessa forma, acabar com a impunidade é também mandatório. Legisladores precisam criar leis mais duras para punir a criminalidade.

Entre os efeitos nefastos dos roubos de cargas está o aumento do custo operacional das transportadoras. Além de ter que ampliar os gastos com segurança, essas empresas acabam pagando mais caro pelos seguros. Toda essa despesa acaba sendo repassada para os clientes e, por fim, para o consumidor final.

O cenário de insegurança pode levar os operadores logísticos a repensar os investimentos na ampliação ou instalação de novas unidades em Minas Gerais, uma vez que a violência torna o Estado menos competitivo em relação a outras unidades da Federação.

É preciso que o poder público adote ações assertivas para que as rodovias deixem de ser palco da violência e retomem seu papel de artérias vitais para o desenvolvimento econômico, tanto de Minas Gerais quanto do Brasil.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.
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