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Vendas de combustíveis em Minas Gerais crescem 2,6% no ano

04/06/2025

Fonte: Diário do Comércio

As vendas de combustíveis subiram 2,6% em Minas Gerais de janeiro a abril deste ano na comparação com o mesmo período de 2024. O aumento de 10% na comercialização da gasolina no período puxou o crescimento no Estado. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Por outro lado, as vendas do etanol hidratado caíram 12,9% no Estado nos primeiros quatro meses do ano. Já o óleo diesel vendeu 3,6% a mais nesse período do que no primeiro quadrimestre do ano passado, enquanto as vendas do gás liquefeito de petróleo (GLP) também registraram alta no período, de 3,5%, na comparação ano a ano.

De acordo com o levantamento da ANP, no total, foram 5,5 milhões de metros cúbicos (m³) de combustíveis comercializados no ano de 2025 em Minas Gerais, sendo 28,4% (1,5 milhão de m³) de gasolina e 13,8% (763,7 mil de m³) de etanol.

“Importante lembrar que, por grande parte da frota de carros brasileiros ser flex, a gasolina e o etanol tornam-se insumos energéticos substitutos, que têm diferentes taxas de eficiência energética e preços finais distintos”, destacou o diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Mahatma Ramos.

Ele aponta que, nos primeiros quatro meses deste ano, os preços do etanol estiveram acima de 70% do preço da gasolina, limite em que o combustível renovável é considerado menos eficiente do que o insumo derivado do petróleo. Além disso, o custo do etanol no Estado subiu com mais intensidade do que o preço da gasolina no acumulado do ano. Os preços dos dois combustíveis registraram altas de 3,6% e 2,1%, respectivamente, ao longo de 2025.

“O que explica esse maior volume de vendas da gasolina e essa queda do etanol, no estado de Minas, são esses dois movimentos. Primeiro, um crescimento do preço do etanol em Minas Gerais acima do verificado na gasolina. Segundo, porque o preço do etanol esteve acima de 70% do custo do litro da gasolina”, declarou o diretor técnico do Ineep.

Já a elevação da demanda de diesel nos primeiros quatro meses do ano no Estado é comum, pontua Ramos, devido à safra de grãos, principalmente para aquelas commodities voltadas para exportações. A safra de grãos projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2025 deve alcançar o recorde de 325,3 milhões de toneladas, 11,1% superior à safra de 2024. Além da própria produção do campo, Minas Gerais também é o caminho para a produção agrícola no Centro-Oeste do País ser exportada pelos portos da região Sudeste.

Gasolina também puxa alta das vendas em Minas no mês

Especificamente em abril, as vendas de combustíveis caíram 1,3% em Minas Gerais na comparação ano a ano, enquanto subiram levemente (0,4%) em relação ao mês anterior.

Assim como no acumulado do ano, o aumento de 10,3% nas vendas de gasolina no período, comparado com o mesmo mês de 2024, impulsionou a alta geral na comercialização de combustíveis no Estado. A demanda mensal da gasolina em território mineiro, em todos os quatro primeiros meses do ano, foi superior à registrada nos mesmos meses do ano passado.

As vendas do etanol hidratado, em abril, registraram queda de 10,8% no Estado em relação ao mesmo mês de 2024. A demanda do combustível em Minas Gerais caiu em todos os meses, quando observada nessa base de comparação.

Já as vendas do GLP caíram 2,3% no período na comparação ano a ano. Abril foi o primeiro mês do ano em que a demanda no Estado registrou queda na comparação anual.

A demanda de óleo diesel desacelerou e caiu 4,2% em abril frente ao mesmo mês do ano passado, após registrar alta nas vendas na comparação anual nos três primeiros meses de 2025. As vendas em Minas Gerais também registraram uma queda de 2,7% em relação a março, sendo a primeira queda do ano na variação mensal nas vendas de diesel no Estado.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.
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