A Shell e a Cosan, controladoras da Raízen, junto com o BTG Pactual, avaliam uma injeção de capital na companhia que pode chegar a R$ 10 bilhões, segundo a Bloomberg. As negociações envolvem potenciais terceiros. Segundo a agência, a reestruturação da dívida da Raízen tem gerado tensão entre credores e a Cosan. Fontes indicam que André Esteves, do BTG, e Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, discutiram pessoalmente uma estrutura de dívida ligada a dividendos da Cosan envolvendo a Raízen. Em seu balanço do terceiro trimestre, a Cosan reconheceu a exposição do Itaú à empresa. A Shell, que tem fatia de 44% na Raízen, também deve participar da capitalização. Procuradas, Raízen, Cosan e Itaú não comentaram. O BTG Pactual e o BTG Pactual Holding dizem que não terão participação direta na reestruturação da Raízen.
Futuro da Raízen II
A Tria Energia, da gestora Patria Investimentos, assinou acordo de compra do braço de comercialização de energia da Raízen no mercado livre, anunciaram as empresas na sexta-feira (19). A transação, cujo valor não foi divulgado, inclui o portfólio de contratos de trading de energia e não engloba ativos de geração distribuída ou contratos e usinas de geração centralizada que fazem parte da Raízen Power. Em comunicado, a Raízen afirmou que a venda está alinhada à estratégia de venda de ativos de energia.

