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Abastecimento errado: o que fazer?

23/05/2024

Fonte: Revista Minaspetro

Pode até soar estranho, mas não é incomum postos relatarem abastecimentos não apropriados a veículos que chegam à pista. Mesmo os carros flex modernos, que aceitam etanol e gasolina, podem se tornar “vítimas” de óleo diesel por desatenção de seus proprietários. E ainda há aqueles carros mais antigos, que funcionam somente à gasolina, que vez ou outra são abastecidos com etanol. Seja por distração, descuido ou acidente, o importante é que alguns procedimentos devem ser imediatamente adotados para prevenir danos ao motor e outras peças do veículo.

Revendedor e diretor do Minaspetro em João Monlevade, Thaillor Berchmans dá alguns exemplos concretos para ilustrar a situação. Segundo ele, alguns anos atrás, o problema tinha sido praticamente superado, principalmente porque os veículos diesel eram completamente diferentes dos demais. Porém, com a chegada de uma geração de carros tipo Jeep Compass, Renegade e Toro, ele voltou a ocorrer e ainda com mais frequência, porque as versões flex e diesel são praticamente iguais, trazendo apenas uma sinalização no bocal do tanque.

Confira as medidas que devem ser adotadas para minimizar danos aos veículos abastecidos com combustíveis não apropriados:

Minaspetro oferece seguro para a Revenda

Prevenção é o melhor remédio. Uma vez verificado o equívoco no momento do abastecimento, a recomendação é não ligar o carro. “Se o motor não for acionado, o prejuízo será bem menor”, pontua Thaillor. A partir daí, o veículo deve ser empurrado e retirado da pista até uma área de segurança, sem que a chave seja acionada, e conduzido a uma oficina, onde o mecânico fará a retirada do tanque para esvaziamento, limpeza e trocas de peças, caso seja necessário, especialmente os filtros. “Esse é o Procedimento Operacional Padrão (POP) que utilizo em minha rede”, informa.

Thaillor afirma que, mesmo com os treinamentos obrigatórios oferecidos pelas Revendas, frentistas também estão sujeitos a cometer erros, principalmente se forem novatos. “A maioria dos abastecimentos errados acontece na primeira ou segunda semana de trabalho na pista. Por isso, no treinamento é comum que o gerente fique na ‘cola’ do frentista o tempo todo, para acompanhá-lo de perto e orientá-lo. Se, mesmo assim, ocorrer um abastecimento equivocado, aciona-se o POP”, comenta.

Se o veículo for ligado ou chegar a rodar durante algum tempo, o problema se agrava muito. E, em consequência, o gasto para corrigir as avarias aumenta. Isso porque pode ser afetado todo o sistema de alimentação do motor, incluindo o próprio tanque, os filtros e a linha de combustível, além da bomba, dos bicos injetores, das velas e do cárter. O prejuízo, nesse caso, dependerá muito do modelo e do ano do carro, mas o conserto levará muito mais tempo e, dificilmente, não será necessário trocar peças importantes – e caras. “O custo aí é alto, então, é melhor o posto acionar imediatamente o seguro”, orienta Thaillor.

O Minaspetro possui uma longa parceria com a Interweg, corretora de seguros que atua em várias frentes, oferecendo planos para pessoas físicas e jurídicas. Os associados contam com descontos e condições especiais em vários produtos, como seguros patrimoniais, transporte de cargas, contra danos ao meio ambiente, roubo, entre outros.

Segundo a representante comercial da seguradora, Thaís Bueno, não há uma cobertura exclusiva apenas para danos causados por abastecimento inadequado. Ela explica, contudo, que, desde que haja a contratação de um seguro empresarial pelo posto, o item da apólice chamado “Responsabilidade Civil-Operações/Responsabilidade Civil Ampla Garagista” garante amparo legal para terceiros – no caso, o veículo do cliente do posto. “Se o consumidor tiver o veículo danificado por conta da troca de combustível, o seguro garante reparos na bomba injetora, no bico e no tanque do carro”, informa.

Ela lembra que a cobertura também se estende a danos causados durante a troca de óleo e em razão de quebra ou trinca do para-brisa no ato da troca de palhetas. “Eu tenho seguro em todos os postos e recomendo que todos os revendedores façam também, até porque, quase sempre o erro de abastecimento é do próprio posto. O custo é muito baixo comparado ao prejuízo que a gente pode vir a ter”, atesta Thaillor.

 

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.