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Ações da Petrobras caem forte pela 5ª sessão seguida, em meio a recuo do petróleo

01/10/2025

Fonte: infomoney

Há alguns dias, o mercado já acompanha a movimentação negativa da Petrobras (PETR3PETR4). No pregão desta terça-feira (30), a queda se manteve pela 5ª sessão consecutiva e PETR3 caiu 1,57%, a R$ 33,78, enquanto PETR4 perdeu 1,10%, a R$ 31,46.

Após ressalvas do Ibama para aprovação da licença para exploração da Margem Equatorial e possível impacto da reestruturação da Braskem, a petroleira reagiu também à queda no preço do petróleo.

O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 1,70% (US$ 1,08), a US$ 62 37 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), perdeu 1,58% (US$ 1 06), a US$ 66,03 o barril.

commodity encerrou a sessão desta segunda-feira, 29, em queda de mais de 3%, após relato de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estaria preparada para ampliar a oferta e também depois uma proposta norte-americana para cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza.

Analistas do Citi reavaliaram, em relatório, os preços do Brent para 2026 em US$ 62, com a perspectiva de aumento nos estoques pela decisão da OPEP+. Com a nova expectativa de preços, o relatório também reavaliou as ações preferenciais da Petrobras de R$ 35 para R$ 31. Já os ADRs (American Deposit Receipts nomenclatura que indica os recibos de papéis brasileiros que são negociados no exterior) tiveram preço cortado para US$ 12, de US$ 12,50.

Impacto de Braskem

Na segunda, os papéis da petroleira acompanharam forte queda papéis da Braskem (BRKM5) perderam quase 4% na sessão, após recuo de mais de 40% só em 2025. A petroquímica pode estar se preparando para uma reestruturação mais ampla de sua dívida.

Em relatório sobre a possível reestruturação da Braskem, analistas do BTG destacam o impacto para a Petrobras. A petroleira poderia injetar capital para manter até 49% de participação, em um cenário no qual há conversão de dívida em capital próprio no balanço da Braskem, sem deságio. A análise ressalva que não considerou diferenças entre as classes de ações.

“Se 25% da dívida da Braskem (US$ 1,7 bilhão) fosse convertida em capital próprio, a Petrobras precisaria igualar esse valor com uma injeção adicional de US$ 1,7 bilhão para evitar diluição. Sob essa estrutura, a alavancagem da Braskem cairia para 2,6 vezes a dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) até 2026, criando espaço para se beneficiar caso os spreads melhorem à medida que o ciclo se estabilize”, afirma o relatório.

A análise afirma ainda que o dividend yield da Petrobras poderia cair cerca de 0,8 pontos percentuais, para 8,2%, se a hipótese de capitalização se tornasse realidade.

“A Petrobras precisaria continuamente acompanhar qualquer conversão de dívida com capital fresco para preservar sua participação, o que impactaria diretamente o retorno aos acionistas”, afirma.

Quedas sucessivas

As ações da petroleira já vem de dias de queda com a aprovação do teste realizado no processo de pedido de autorização para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração do bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial.

Apesar da aprovação do órgão ambiental federal, divulgada na quarta (24), também foram solicitados ajustes para concessão de licença final à petroleira. O teste foi concluído em 27 de agosto e é considerado pela Petrobras como o último passo antes que o Ibama decida se concederá a licença de perfuração. A perfuração na região é um dos maiores projetos em curso para a Petrobras e a petroleira já protocolou resposta para o Ibama na própria sexta-feira (25).

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.
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