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BR-040: EPR assume trecho entre BH e Juiz de Fora nesta terça; pedágio fica mais caro

06/08/2024

Fonte: Diário do Comércio

A partir da zero hora desta terça-feira (6), a EPR Via Mineira, concessionária do Grupo EPR, assume, de vez, a gestão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata. A empresa vai administrar o trecho de 232 quilômetros (km) por 30 anos. Neste período, investirá R$ 8,7 bilhões na rodovia, sendo R$ 5,1 bilhões em melhorias e R$ 3,6 bilhões em custos operacionais.

É também a partir desta terça-feira que o pedágio na região fica mais caro. Motoristas de automóveis, caminhonetes e furgões que trafegam pelo trecho concedido à EPR Via Mineira na BR-040 terão que pagar R$ 12,70 de pedágio. A nova tarifa é mais que o dobro do preço que vinha sendo cobrado, de R$ 6,30. Sendo assim, quem for percorrer todo o percurso do segmento rodoviário terá que desembolsar R$ 38,10, divididos nas três praças de cobrança:

  • Itabirito,
  • Conselheiro Lafaiete
  • e Barbacena.

Com as melhores expectativas possíveis, a companhia quer mostrar a que veio e atacar logo de cara os pontos mais críticos da estrada, aqueles com o maior volume de acidentes e problemas de trafegabilidade. A ideia é começar realizando melhorias no pavimento e seguir com melhorias em sinalização, com o intuito de trazer mais conforto e segurança para quem passa pela via.

Segundo o diretor-executivo da EPR Via Mineira, Eric de Almeida, entre os pontos mais críticos da BR-040 estão, por exemplo, o trecho entre Conselheiro Lafaiete e a Capital, a ponte sobre o rio Maranhão e os trevos de Moeda e Congonhas. Todos eles foram colocados no cronograma inicial das execuções previstas na concessão por apresentarem gargalos de tráfego.

Após um intenso plano de cem dias, a empresa seguirá com a requalificação inicial. Os dois primeiros anos servem para que a companhia consiga as licenças ambientais, faça as devidas desapropriações, elabore e aprove os projetos junto à agência reguladora. Já no fim do segundo ano, a gestora deve iniciar as grandes obras, que começarão a ser entregues no terceiro ano.

Pedindo um voto de confiança da população para que possam trabalhar e, de fato, cumprir com o contrato, a EPR promete uma verdadeira transformação na rodovia nos primeiros sete anos de operação. Neste intervalo, a concessionária vai investir R$ 3,5 bilhões na estrada para que, ao término de 2031, 164 km de duplicação sejam entregues, 42 km de faixas adicionais, 15 km de vias marginais, 40 dispositivos de interconexão, oito passarelas e uma área de escape.

Benefícios para a população e para as regiões cortadas pela rodovia

No decorrer das três décadas de concessão, mais de 72 mil empregos diretos e indiretos devem ser criados, beneficiando a população mineira, que também vai contar com a geração de efeito renda. Outra possível consequência positiva será o desenvolvimento econômico dos 15 municípios cortados pelo trecho da BR-040 e habitados por cerca de 4,3 milhões de pessoas.

Eric de Almeida destaca que a somatória de uma melhor infraestrutura rodoviária, que traz segurança e fluidez para o escoamento da produção e redução de custos com transporte para as empresas, e uma política de incentivos do governo para atrair companhias, beneficia as regiões. O diretor-executivo da EPR Via Mineira ressalta que esse conjunto de itens traz diversas melhorias.

EPR se diz tranquila com o pedido de suspensão da concessão

Na última semana, o Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão da nova concessão do trecho da BR-040, após denúncias da antiga concessionária, a Via 040, de “inconsistências” na relicitação vencida pela EPR. A expectativa era que o processo fosse analisado nesta segunda-feira (5), mas, até o momento da publicação desta edição, não houve atualização. Procurado, o órgão disse que “não há data prevista para apreciação”.

“Estamos tranquilos. Entendemos que todo o rito que foi feito em relação ao processo de licitação foi acompanhado e validado pelo próprio TCU. Então, neste caso, a EPR é um ente que está fora, acompanhando as situações. Não somos parte envolvida diretamente. É uma discussão muito mais entre a ex-concessionária, a Via 040, e a ANTT”, disse Eric de Almeida à reportagem.

“A gente entende que todo o processo ocorreu de maneira transparente, permitindo que os órgãos de controle pudessem acompanhar, validar e chegar ao seu desfecho final, que foi realmente um leilão, a batida do martelo e a assinatura de um contrato que da nossa parte, entendemos que vai trazer benefícios para a região”, ressaltou o diretor-executivo da EPR Via Mineira.

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