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Caixa separadora oferece praticidade e segurança, mas requer cuidados
14/08/2014
Os revendedores precisam estar cada vez mais atentos às normas ambientais vigentes. Mais que evitar possíveis autuações, é possível contribuir para a preservação do meio ambiente e para a segurança da população. Nesse sentido, um equipamento que merece atenção especial é a caixa separadora de água e óleo, uma exigência dos órgãos ambientais. O compartimento garante que os efluentes lançados pelo posto não serão prejudiciais e terão destino correto.
No entanto, mais que ter a caixa separadora no estabelecimento, é preciso fazer sua manutenção para evitar futuros problemas. Segundo Bernardo Souto, advogado da área Jurídica Ambiental do Minaspetro, a caixa separadora é uma unidade de pré-tratamento de efluentes provenientes da pista de abastecimento, da troca de óleo e do lava a jato do posto de combustível. “Existem muitos modelos, mas a lógica de funcionamento é a mesma, porque seguem o mesmo padrão de funcionamento. Via de regra, o equipamento é formado por módulos, sendo um anterior para sedimentação e outro posterior para separação da fração oleosa. Portanto, é neste segundo que ocorre a separação da parte oleosa da água”, explica.
A caixa separadora pode ser feita de concreto ou plástico. Souto ressalta que a escolha depende do tipo de projeto, da necessidade do posto e da disponibilidade financeira do revendedor. “As caixas de concreto geralmente são mais baratas, mas deve existir uma atenção maior na hora de instalar.
Por sua vez, as caixas feitas de polímeros podem ser mais caras, mas são mais simples de serem instaladas. O importante é que o revendedor verifique a qualidade do seu efluente e se está sendo lançado dentro dos padrões ambientais”, avalia. “O revendedor deve ficar atento à forma de manuseio e ao uso de detergentes, e avaliar a possibilidade de ter que instalar outros sistemas de tratamento, caso o equipamento não atenda aos padrões de lançamento de efluentes”, completa. O revendedor pode, ainda, solicitar ao fabricante da caixa um manual de instalação e operação.
A Desentupidora Palmira, localizada em Belo Horizonte, é uma das empresas que faz a limpeza da caixa separadora e destina os resíduos para seu centro de tratamento, em Betim. Conforme Luiz Eduardo Domingos, gerente Comercial da empresa, em postos que fazem o abastecimento e oferecem lava a jato, o ideal é que a limpeza seja feita a cada três ou quatro meses, ou de acordo com o volume de resíduo gerado. Já nos postos que possuem caixa separadora somente para o abastecimento, a manutenção pode ser feita duas vezes por ano.
Limpeza de canaletas
Para manter a caixa separadora limpa e não comprometer a sua eficiência, também é preciso cuidar da limpeza das canaletas. Elas são estruturas impermeáveis, instaladas nas bordas da área de abastecimento (dentro da área de projeção da cobertura) e de descarga, com a finalidade de receber os líquidos gerados nessas áreas – que podem eventualmente estar contaminados com combustíveis e óleos – e encaminhá-los para a caixa separadora.
A limpeza das canaletas deve ser feita diariamente para que não ocorra o alagamento ou o entupimento das saídas. Com isso, a água ficará contida dentro de suas paredes e o fluxo será corretamente direcionado para a caixa
separadora. Por isso, é fundamental manter também a caixa separadora limpa. Quanto mais partículas ou sujeira houver na caixa, menos eficiente ela será.
Caixa separadora
Caixa de concreto
• Vantagem
> Mais baratas
• Desvantagem
> Instalação mais complexa
Caixa de polímero
• Vantagem
> Instalação simples
• Desvantagem
> Alto custo
Atenção para o Lava a Jato
• Limpeza da caixa a cada três ou quatro meses
* Postos sem lava a jato a manutenção deve ser feita duas vezes por ano
Esta e muitas outras matérias podem ser encontradas na Revista Minaspetro edição de agosto.
Fonte: Revista Minaspetro