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Duplicação da BR-381 dá lugar a projeto de recapeamento da via

27/07/2016

381eFonte: Diário do Comércio

Após três anos desde o início da tão esperada duplicação da BR-381 e de poucos avanços nas obras, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) propõe agora o recapeamento daquela que é conhecida como “rodovia da morte” de Minas Gerais.

Embora ainda não tenha cronograma para ser executado, o projeto visa ampliar a vida útil do pavimento e garantir a imediata melhoria das condições de tráfego, diante dos sucessivos atrasos na realização da proposta original de duplicação do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

A informação foi dada pelo presidente da regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e coordenador do Movimento Nova 381, Luciano Araújo e confirmada pelo Dnit. Conforme Araújo, a proposta surge como opção diante dos percalços enfrentados na busca pela melhoria das condições da BR-381.

?Inicialmente tínhamos expectativas apenas quanto à duplicação da via, com o início dos trabalhos em 2013. Três anos depois, diante do que se tornou realidade e do que ficou para trás, já começamos a considerar a possibilidade do recapeamento da pista. Assim, pelo menos, evitamos novos problemas e garantimos a utilização da via?, resumiu o dirigente.

Em nota, o Dnit confirmou que publicará, ainda neste semestre, um edital para contratação dos serviços de recapeamento da rodovia. O órgão informou ainda que também revitalizará o sistema de sinalização horizontal e vertical da BR-381.

O objetivo é prolongar a vida útil do pavimento e garantir a imediata melhoria das condições de tráfego, mais conforto e segurança aos usuários?, diz o documento.

O órgão destacou ainda que o planejamento da BR-381 envolve, além da contratação desses serviços, a revisão e a elaboração dos projetos de duplicação já em andamento.

Neste sentido, o coordenador do Movimento Nova 381 ressaltou que o foco dos trabalhos nos últimos meses tem ocorrido no lote 7 ? entre o trevo de Barão de Cocais e Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ?, que segue em andamento após a aprovação do licenciamento ambiental. E que, no próximo exercício, os esforços serão pela continuidade das obras dos lotes 3.1 e 7, considerados os mais avançados. A medida é justificada pela escassez de recursos para obras no País.

Orçamento menor – Para isso, segundo ele, o movimento enviou ao Ministério dos Transportes e ao próprio Dnit uma proposta de suplementação de verba da ordem de R$ 350 milhões para que, até 2018, pelo menos os dois trechos estejam concluídos. Neste ano, o governo federal reduziu o orçamento para as obras da rodovia de R$ 135 milhões para R$ 65 milhões.

Do total dos recursos, R$ 170 milhões seriam destinados à conclusão do viaduto e o asfaltamento de 20 quilômetros do lote 7, que já passaram pela fase de terraplanagem. Os outros R$ 180 milhões seriam empregados na obra do lote 3.1, próximo ao município de Antônio Dias, ligando os túneis já construídos nos lotes 3.2 e 3.3. A duplicação da BR-381, inicialmente, foi orçada em R$ 2,6 bilhões. Até hoje, já teriam sido gastos mais de R$ 300 milhões.

Além disso, o consórcio liderado pela Isolux, que havia vencido a licitação para as obras nos lotes de 1 a 6 ? localizados entre Governador Valadares e João Monlevade, no Vale do Aço ? e suspendeu o serviço na região, foi punido em primeira instância. Entre as penas, uma multa de R$ 15 milhões e proibição, por cinco anos, de participar de outras licitações públicas. Em janeiro deste ano, a construtora espanhola havia entrado com pedido de recuperação judicial e agora existe a perspectiva de que seja aberta uma nova licitação para execução dos trechos paralisados.

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