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Estações de carga rápida de carros elétricos têm mais poluentes que postos de gasolina, diz estudo
25/08/2025
Os arredores das estações de recarga rápida de carros elétricos concentram mais poluentes do que postos de gasolina. Esse é um dos resultados de estudo feito pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos. Conforme a UCLA, foram analisados 50 pontos de carregamento DC, mesmo tipo de 16% dos equipamentos existentes no Brasil.
De acordo com a pesquisa, os níveis de concentração de partículas finas – PM2.5 – nesses locais eram de, em média, 15 microgramas por metro cúbico, com picos de 200 em alguns momentos. Para comparação, nas áreas urbanas de Los Angeles, o número gira em torno de 7 a 8 microgramas por metro cúbico – 10 a 11 em cruzamentos ou rodovias. Por fim, em postos de gasolina, a concentração registrada foi de 12 mg/m³.
Tem solução?
Embora concorde que veículos elétricos poluem menos do que modelos a combustão no longo prazo, o doutor Michael Jerrett, envolvido na pesquisa, alertou que essas partículas minúsculas – até 30 vezes menores que um fio de cabelo – podem atingir os pulmões e o sistema circulatório. Isso, portanto, aumenta o risco de doenças respiratórias e cardíacas. Já a professora Yifang Zhu, que também faz parte da UCLA, defende a instalação de filtros de ar nos gabinetes desses equipamentos como solução para evitar a poluição excessiva causada pelo procedimento de recarga.
Conforme dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), apenas 16,4% (2.430) dos 14.827 pontos de recarga de carros elétricos existentes no País são do tipo DC (rápidos). Ou seja, a maioria (84%), ou 12.397 carregadores, são do tipo carga lenta (AC). Quase metade deles (49,6%) ficam na região sudeste. A cidade de São Paulo lidera o ranking, com 1.586 carregadores do tipo AC e 155 do tipo DC.