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Fenabrave: setor automotivo prevê crescimento de 6% em 2025, mesmo com taxa de juros alta
28/08/2025
Autoridades presentes no Congresso & Expo Fenabrave destacaram que o setor poderia crescer mais caso a taxa de juros e o ‘custo Brasil’ fossem menores
Apesar de um cenário com alta taxa de juros, o setor automotivo brasileiro prevê um crescimento de aproximadamente 6,2% em 2025, segundo informações do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Igor Calvet. A projeção foi divulgada nesta quarta-feira (27) na 33ª edição do Congresso & Expo Fenabrave.
Mesmo com o cenário positivo as autoridades presentes no evento destacaram que o setor poderia crescer mais, caso a taxa de juros e o ‘custo Brasil’ fossem menores. No entanto, uma das medidas que ajudou a mitigar o cenário desfavorável, segundo Calvet, foi a implementação do programa “Carro Sustentável”, em julho deste ano, que reduz o Imposto sobre produtos Industrializados (IPI) para veículos econômicos e eficientes.
Na prática, a medida foi um dos fatores influenciou no aumento de 9,13% nos emplacamentos em julho de 2025, quando comparados com mesmo mês de 2024.
Dessa forma, neste ano, até o fim de julho, foram registados 2.798.699 emplacamentos, representando um crescimento de 7,33% sobre o mesmo período do ano passado. “Estamos remando no sentido de um objetivo único que é promover o desenvolvimento do nosso País. E percebemos isso com o Projeto Carro Sustentável, que já representa um aumento de 16% na venda dos veículos abarcados pelo programa”, comentou Calvet.
A iniciativa também é bem vista pelo Secretário de Projetos Estratégicos do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. “O carro sustentável dá oportunidade de reunir o que é produzido no agro e o que é produzido no mercado, além da oportunidade dos consumidores de adquirirem um bem”, comentou.
Desafios do setor automotivo
Mesmo com o cenário favorável, a taxa de juros alta impactou diretamente o setor na categoria de veículos pesados como caminhões – que fechou o semestre com uma retração de 7%.
“A redução está associada à menor renovação de frotas, que acontece em função do alto custo de financiamento, impactado pelas taxas de juros e pelo movimento de cautela vivido por alguns setores econômicos”, avalia o presidente da Fenabrave, Arcélio Junior.
(*) A repórter viajou a convite da Fenabrave
