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Gasolina sofre grande alteração e brasileiros são pegos de surpresa

17/03/2025

Fonte: Diário do Comércio

O governo federal planeja aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina para 30% ainda esse ano. “Acho que nós temos oferta para chegar no E30 [30% de etanol] rapidamente, ainda neste ano”, revelou ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista exclusiva à TV Globo e ao g1.

Atualmente, a mistura de etanol anidro na gasolina é até 27%.

Mas, ao contrário do que você deve ter imaginado ao ler “aumentar”, essa pode ser uma boa notícia para os motoristas. O aumento da mistura pode ajudar a baratear a gasolina que chega aos postos. “O etanol é bem mais barato que a gasolina, então à medida que você aumenta, não tenha nenhuma dúvida nem na questão da sustentabilidade, nem na questão econômica porque ele diminui o preço [da gasolina]”, explicou Silveira.

Esse aumento para 30% já tinha sido estabelecido na lei do combustível do futuro, sancionada no ano passado. O Instituto Mauá já realizou dez estudos para comprovar a viabilidade técnica da mistura e, segundo o ministro, a mistura é segura e não cria nenhum problema para os motores.

A principal intenção da medida é deixar o país menos dependente de importações. De acordo com o ministro, se o Brasil se tornar autossuficiente na produção do combustível, ele poderia rediscutir o modelo de precificação – atualmente determinado, em parte, pelo preço do mercado internacional, em dólar.

Projeto de lei quer autorizar venda de gasolina sem etanol

Indo na contramão da lei do combustível do futuro, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou um projeto de lei no Congresso para permitir que postos vendam gasolina sem a adição de etanol e diesel sem adição de biodiesel. O projeto afirma que atender a uma “demanda específica de consumidores que, por diversas razões, preferem ou necessitam desses combustíveis em sua forma pura”.

O projeto foi muito criticado, inclusive pelo ministro Alexandre Silveira. “Seria destruir uma indústria que o Brasil investiu 50 anos, que é ela indústria do etanol. E também, e quero ressaltar, acho justo por parte dos distribuidores cobrar a fiscalização da ANP para que a gente tenha a mistura do biodiesel adequada no diesel […] Mas não há que se falar da destruição completa de uma grande indústria [como a do biodiesel”, declarou ao g1.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.
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