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Grupo Zema deve fechar o ano com mais de 700 unidades
09/04/2013
Aos 90 anos, o grupo Zema, com sede em Araxá, na região do Alto Paranaíba, ainda vai crescer, de forma orgânica, por pelo menos mais cinco anos. “Mas um dia, essas praças vão se esgotar. Aí, o crescimento vai ser via aquisição. E vai ser o momento de abrir o capital”, diz o diretor geral do grupo Zema, Romeu Zema, 48, bisneto do italiano Domingos Zema, fundador da companhia que reúne 396 lojas Zema – de eletrodomésticos e móveis – e 234 postos de gasolina franqueados, além de outros negócios.
Enquanto as praças não se esgotam, o projeto de expansão do grupo é o de abrir, todos os anos, em média, 60 lojas Zema, e ampliar em 40 unidades os postos da bandeira. Assim, de 630 pontos nos dois negócios que representam 95% das vendas, o grupo deverá ter mais de 700 pontos neste ano.
“No caso das lojas, ainda temos muita área para ocupar em Minas Gerais , mas temos inaugurado pontos em Goiás , Espírito Santo e São Paulo, há cinco anos”, conta o executivo. A abertura das novas lojas vai demandar aportes de R$ 24 milhões. Em postos, serão necessários R$ 8 milhões.
Com mais unidades, o faturamento do grupo também vai crescer cerca de 20% saindo de R$ 2,2 bilhões, em 2012, com previsão de alcançar os R$ 2,6 bilhões neste ano. “É o desempenho do setor que tem sido o de comprar carro, consumo e serviços”, explica Zema. Os recursos para a empresa continuar crescendo saem dos resultados da própria companhia e de linhas do BNDES.
Romeu Zema conta que o grupo está iniciando a construção de um segundo centro de distribuição de eletrodomésticos e móveis em Francisco Sá, a 40 km de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. A obra e equipamentos terão um custo de R$ 30 milhões, em 12 mil m². No estágio atual, a obra está na fase de terraplanagem e ficará pronta nos próximos 16 meses.
Em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, o grupo Zema já concluiu a base de armazenagem e distribuição de derivados de combustível. Agora, falta a conexão com a refinaria Gabriel Passos (Regap), o que depende de órgãos ambientais. A previsão de Romeu Zema é que no fim do ano a base esteja operando. “Vão ser bombeados óleo diesel e gasolina. Ela demandou R$ 28 milhões e entramos com 50% do investimento”, informa Zema, sobre o negócio que tem a participação de outro grupo. A Zema tem base própria também em Uberlândia e no Estado do Mato Grosso.
“Somos bastante disciplinados”
Em 90 anos, a empresa teve momentos difíceis?
Meu bisavô, que fundou a empresa, teve dificuldade nos anos 40, durante a segunda guerra mundial, porque havia pouca disposição para com os italianos. Em 57, quando meu avô faleceu, aos 43 anos, e meu pai tinha 14 anos, a empresa ficou de um dia para o outro sem quem a dirigisse, até 1965. Ela quase foi vendida, e na última hora, meu bisavô não aceitou, estava uma empresa insolvente. Foi um momento dramático. Em 83, a empresa tinha dívidas em dólar, tínhamos feito grandes investimentos, e a economia do país em recessão. Foi um período difícil de 82 a 84.
Qual é a receita de sucesso do grupo?
Somos bastante disciplinados na questão de focar nesses negócios. Muitas empresas começam a diversificar as atividades por conta da facilidade de caixa e vão para negócios que não são rentáveis. Não temos outras coisas que acionistas de empresas têm e acabam exigindo tempo, esforço e dinheiro.
A situação do Brasil tem ajudado o grupo?
Atuamos na área de consumo, e, com o aumento da renda nos últimos dez anos, o nosso setor foi mais privilegiado que a indústria que compete com os chineses. Mas esse modelo está dando os últimos suspiros.
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