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As empresas sul-coreanas estão enfrentando incertezas sobre seu ambiente de negócios nos Estados Unidos após a eleição presidencial, principalmente devido à Lei de Redução da Inflação (IRA) do governo do presidente Joe Biden, que atraiu bilhões de dólares em investimentos de empresas coreanas, incluindo a Hyundai.

Enquanto a candidata democrata e vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, apoia o programa IRA, o candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu revertê-lo.

“Quem quer que vença, estamos preparados para qualquer cenário. Devemos ter nossa própria competitividade eventualmente, não dependendo de subsídios”, disse Chang, em entrevista ao “Nikkei Asia” na segunda-feira em Tóquio, à margem do Global Management Dialogue, um fórum organizado pelo “Nikkei Asia” e pela escola de negócios suíça IMD.

“Os subsídios são temporários de qualquer maneira”, disse ele.

O governo Biden paga até US$ 7.500 em subsídios aos compradores de veículos elétricos produzidos em solo americano sob o IRA, levando a Hyundai e outras montadoras a estabelecer instalações de produção no país.

Chang disse que a Hyundai fabricará seus veículos elétricos com baterias mais eficientes, aumentando sua densidade com materiais de melhor desempenho, incluindo alto níquel. A empresa também planeja melhorar os sistemas de gerenciamento de baterias e tornar os veículos elétricos mais leves para que possam oferecer modelos de melhor qualidade.

“Acho que a tecnologia é a direção certa, independentemente de quem vencer”, disse ele.

Os Estados Unidos são o maior mercado da Hyundai. A empresa vendeu 300 mil unidades de veículos na América do Norte no terceiro trimestre, respondendo por 29,6% de suas vendas globais, acima dos 26,3% no mesmo trimestre do ano anterior.

Nos modelos elétricos, as vendas globais da Hyundai caíram 7,6%, para 61 mil unidades, no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em contraste, suas vendas de veículos híbridos saltaram 43,9%, para 131 mil unidades, durante o mesmo período. Chang disse que a empresa oferecerá modelos híbridos para dar aos clientes mais opções.

Chang também afirmou que a empresa planeja impulsionar seus negócios na Índia, onde levantou US$ 3,3 bilhões ao listar sua subsidiária na semana passada, sendo a maior oferta pública inicial (IPO) do país e o segundo maior do mundo este ano.

“Primeiro, aumentaremos a capacidade de produção. É o mais importante”, disse Chang, acrescentando: “Também planejamos dobrar o investimento em pesquisa e desenvolvimento para maior localização. Ofereceremos os carros mais personalizados para os clientes indianos.”

A Hyundai India é a segunda maior fabricante de automóveis da Índia em termos de volume de vendas, logo atrás da Maruti Suzuki, a subsidiária da fabricante japonesa Suzuki. Ela também compete com fabricantes de automóveis indianas, como Tata e Mahindra & Mahindra.