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Iveco negocia até 40 caminhões por mês com crédito de ICMS
21/03/2013
A Iveco Latin America, divisão do grupo Fiat especializada na fabricação de veículos pesados, com planta em Sete Lagoas, na região Central do Estado, está negociando com diversas empresas mineiras interessadas em renovar a frota de caminhões utilizando créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Indústrias e produtores rurais estão entre os principais interessados na transação. Em média, são negociados por mês entre 30 e 40 caminhões a partir desses créditos.
O diretor comercial e de vendas da Iveco, Alcides Cavalcanti, ressalta que a empresa não faz esse tipo de negociação de forma indiscriminada. “Isso depende da nossa situação e da condição do cliente. Nós também pagamos ICMS ao Estado, então temos que ter uma conta devedora para absorver esse crédito. Dependendo do momento, podemos absorver mais ou menos, mas em média são negociados entre 30 e 40 caminhões por mês”, diz.
O que ocorre é que as empresas exportadoras – que pagam o imposto quando adquirem mercadorias ou insumos, mas que são isentas dele na hora de enviar o produto para o exterior, conforme define a Lei Kandir – acumulam créditos com os governos estaduais. Empresas que compram, mas não recolhem o ICMS na saída da mercadoria, obrigação transferida para outra empresa da cadeia, também têm direito ao crédito acumulado. Neste caso, o Estado só recolhe quando a mercadoria chega ao varejista.
De acordo com Cavalcanti, indústrias e produtores rurais são as categorias que procuram esse tipo de negociação. Ele explica que o governo do Estado concede a essas e algumas outras categorias o benefício de poder utilizar o crédito de ICMS para a compra de caminhões. No entanto, a negociação precisa da aprovação da Delegacia Regional Tributária e da Superintendência Tributária do Estado. “Após esse processo, o crédito é validado e o empresário apresenta para a concessionária que pleiteia isso junto à montadora”, explica. Esse processo pode levar entre 60 e 120 dias.
O diretor comercial e de vendas da Iveco destaca que o benefício é uma forma que o governo encontrou de fomentar os negócios dentro do Estado. “O governo estadual está criando um ambiente favorável tanto para quem vende quanto para quem compra fazer negócio”, observa. “Com os créditos, os compradores conseguem renovar suas frotas ou comprar um caminhão novo sem precisar de financiamento”, completa.
Conforme Cavalcanti, mesmo que os créditos acumulados pelas empresas sejam menores, é possível abater o montante – independentemente da quantia – no preço final dos equipamentos. Ele garante que a procura por esse tipo de negociação tem sido boa. “O Estado tem renovado o benefício anualmente, porque tem visto que está sendo positivo para as indústrias”, afirma.
O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.