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Polícia encontra postos de combustível suspeitos de vender etanol adulterado com metanol para batizar bebidas
20/10/2025
A Polícia Civil de São Paulo encontrou nesta sexta-feira (17) dois postos de combustível suspeitos de vender etanol “batizado” com metanol para ser usado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas ligadas a duas mortes.
Cada posto é de uma bandeira diferente. Uma delas foi citada na Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração da facção criminosa PCC em todas as etapas de produção e venda de combustíveis no Brasil.
Os locais foram fiscalizados por agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Um fica em São Bernardo e o outro, em Santo André, sendo o último o principal fornecedor, segundo a polícia.
A ANP admite a presença de até 0,5% de metanol no etanol veicular, por considerar que a substância pode aparecer no processo produtivo.
🔎 Casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas começaram a ser registrados no estado de São Paulo no fim de setembro, o que levou as autoridades a abrir investigação.
🔎 A suspeita é que falsificadores “batizavam” bebidas como gin e vodca de marcas conhecidas com metanol — substância altamente tóxica. O produto era então vendido e consumido pelas vítimas. Os principais sintomas são náuseas, dor abdominal, dor de cabeça e, em casos graves, cegueira.
🔎 Segundo boletim do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (15), seis mortes foram confirmadas em São Paulo e duas em Pernambuco por suspeita de ingestão de metanol. Há quase 150 notificações em todo o país.
