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Tarcísio quer apertar cerco contra PCC em combustíveis

24/09/2024

Fonte: Folha de São Paulo

Em guerra contra a atuação de máfias nos combustíveis, o governo de São Paulo avalia implementar uma tecnologia de rastreamento do próprio líquido (gasolina, álcool e diesel) para ampliar a arrecadação e desvendar os esquemas de distribuição por empresas ligadas ao crime organizado, como o PCC.

Estimativas de distribuidores indicam que o PCC já controla 10% da distribuição de combustíveis em São Paulo.

Como o Estado responde por 40% do mercado nacional, o governo avalia ser usado como teste para um sistema chamado “follow de fuel” (siga o combustível, em tradução do inglês) antes de ser espalhado pelo país.

Pessoas que discutiram a ideia com o governador Tarcísio de Freitas afirmam que a proposta é obrigar as distribuidoras a usarem o que há de mais moderno na tecnologia para garantir, na bomba, informações sobre a procedência dos combustíveis.

O Instituto Combustível Legal (ICL) também acompanha a iniciativa.

“A ideia é injetar nanochips nos combustíveis com as informações da procedência e composição do líquido para que, na bomba, seja possível identificar o que tem nele e por onde passou”, disse Emerson Kapaz, presidente do ICL. “Funcionaria como no caso da detecção do álcool na gasolina.”

O levantamento indica que o preço médio da gasolina comum teve redução de -0.44% em comparação com os valores de agosto deste ano, o que equivale a R$0,03 por litro, passando de R$ 6,38 para R$ 6,35. Nas unidades observadas o menor preço encontrado foi de R$ 5,96, enquanto o maior foi de R$ 6,69, resultando em uma variação de 12,25%.

Quanto ao etanol, o menor preço encontrado entre os postos pesquisados foi de R$ 3,99, enquanto o maior foi de R$ 4,99, com uma variação de 25%. Em comparação com agosto, o preço médio do etanol teve uma redução de -0,40%, ou R$ 0,02, passando de R$ 4,51 para R$ 4,49. A pesquisa mostrou ainda que, de janeiro a setembro de 2024, o etanol ficou 32,90% mais caro, saindo de R$ 3,38 para R$ 4,49.

Para Feliciano Abreu, administrador do Mercado Mineiro, os valores observados não condizem com a recente queda no preço do barril de petróleo. “Nesse momento a gente tem uma redução no barril do petróleo no último mês e nesse mesmo período a gente teve também uma redução do etanol hidratado nas usinas. Só que essa redução não chega de fato para o bolso do consumidor, principalmente no caso do etanol que é uma redução mais próxima da realidade. No caso da gasolina, por exemplo, a gente teve uma redução mínima de três centavos, que é imperceptível na hora do consumidor abastecer”, pontua.

O preço médio no último mês do barril de petróleo (Brent) passou de US$ 76,05 para US$ 73,69, ou seja, uma redução de -3,10%. Com um dólar custando R$5.51. Neste mesmo período, tivemos uma redução do litro do Etanol hidratado nas usinas de R$ 2,60 para R$ 2,41, uma redução de -7.31%.

“E o consumidor se pergunta quando teremos redução real de preços de combustíveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte? Sem mencionar que em outras cidades do interior de Minas, como Sete Lagoas, é comum encontrar Gasolina por R$ 5,88 e Etanol R$b4,14”, questiona o pesquisador.

Gasolina ou etanol?

O etanol corresponde a 71% do valor da gasolina. Segundo os cálculos, com uma margem de 70%, o etanol não é mais vantajoso. Considerando um consumo estimado de 8,5 km por litro de etanol e 11,5 km por litro de gasolina, o custo por quilômetro rodado é:

Gasolina – R$ 0,55 por km

Etanol – R$ 0,53 por km

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