Etanol: quais são os desafios para o combustível no Brasil?
As questões ambientais pautadas atualmente estão diretamente relacionadas aos meios de transporte e à queima de combustíveis fósseis. Ano após ano, cientistas e engenheiros estudam formas mais ecológicas de usar o motor a combustão para diminuir o impacto da queima de combustíveis no ambiente. Pesquisas com o álcool e o etanol se mostraram eficientes, e durante a COP 21 de 2015, realizada em Paris, foi organizado um Fórum para debater as inovações sustentáveis.
No evento, o governo brasileiro prometeu ampliar sua matriz energética renovável para 18%, medida que prevê a ampliação do uso de biodiesel e etanol nos veículos e máquinas a motor utilizadas no país. O intuito da proposta é reduzir a queima de fontes não renováveis de energia e diminuir, consequentemente, o impacto sobre o meio ambiente.
Apesar do álcool não ser nenhuma novidade no Brasil, sendo uma opção para os automóveis brasileiros desde meados dos anos 80, o etanol ainda enfrenta alguns desafios para se impor como fonte primária de combustível no país. Você sabe por que? Confira agora quais são os maiores desafios do etanol no mercado brasileiro:
Investimento
Desde 2006, o Brasil já recebeu mais de 8 bilhões de reais em investimentos em energia renovável. Desde 2014, no entanto, a quantidade de capital investido anualmente tem reduzido, principalmente devido à crise econômica que acometeu o país nos últimos dois anos. A queda nos investimentos tem impactado diretamente tanto na produção da matéria prima quanto na fabricação do combustível.
Transporte
A questão do transporte ainda traz muitas dores de cabeça para o setor sucroalcooleiro. Afinal, as grandes plantações de cana de açúcar e usinas de produção estão espalhadas pelo interior de estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul, e nem sempre o acesso a essas localidades é fácil.
Devido a isso, o etanol acaba dependendo principalmente do transporte rodoviário, que é custoso e gera muitos riscos: além dos caminhões lotados de cana de açúcar representam desafios para os motoristas, eles são os responsáveis por degradações nas estradas devido ao peso de suas cargas. Como nem todas as usinas e fazendas ficam às margens de rodovias bem pavimentadas, mesmo os trajetos curtos acabam sendo vencidos em longos períodos. A falta de alternativas de transporte é, portanto, a principal responsável pelo atraso no desenvolvimento do setor.
Tributação
A taxa de impostos também é algo que assusta os produtores de etanol. A tributação sobre o álcool só é reduzida em cinco estados do país, o que significa que a produção do etanol não é vantajosa em boa parte do território brasileiro. Esse comportamento gera preços destoantes entre regiões do Brasil, o que faz com que o álcool seja um bom negócio apenas em alguns poucos locais.
Tecnologia e pesquisa
A redução da verba de pesquisa em universidades federais e agências de pesquisa faz com que as novidades relacionadas aos biocombustíveis no Brasil também sofram atrasos. Sem recursos para a inovação, fica escancarada a defasagem e o atraso em soluções que possam viabilizar ainda mais o consumo do etanol.
Agora que você já sabe os maiores impedimentos para a decolagem do etanol no mercado brasileiro, que tal receber mais conteúdos sobre o mercado de combustíveis? Assine a nossa newsletter e fique por dentro das principais notícias!
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