Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, e estenderam as perdas da última sessão, após aumento nos estoques da commodity nos EUA e persistência de preocupações sobre um possível excesso de oferta.
O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 1,59% (US$ 0,96), a US$ 59,60 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 1,43% (US$ 0,92), a US$ 63,52 o barril.
Nesta quarta, o Departamento de Energia (DoE) norte-americano informou que os estoques de petróleo subiram 5,202 milhões de barris, contrariando as expectativas de queda dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. O dado também mostrou recuo nos estoques de gasolina, destilados e taxa de utilização de refinarias, levando os preços da commodity a reduzirem perdas brevemente, antes de retomarem queda forte.
De acordo com o ING, o petróleo teve um desempenho “relativamente bom em comparação a outros ativos” na terça, embora as preocupações com o excesso de oferta e demanda incerta afetem o sentimento do mercado. Por outro lado, os preços recebem certo suporte dos riscos de interrupção no fluxo de petróleo russo devido a guerra na Ucrânia e às sanções dos EUA.
Durante a madrugada da terça, uma refinaria da Lukoil, em Nizhny Novgorod, na Rússia, foi atingida por drones da Ucrânia, segundo informações do The Kyiv Independent. A ofensiva aconteceu enquanto o local passava por reparações em suas estruturas de processamento primário de petróleo.
O Ritterbusch avalia que balanços globais de petróleo cada vez mais negativos estão sendo observados, mas que são contrabalançados pela necessidade de manter um prêmio de medo relacionado à guerra entre Ucrânia e Rússia, “onde permanece a possibilidade de novos ataques ucranianos à infraestrutura petrolífera russa”.
