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Consumo de combustíveis aumenta 3,7% em Minas Gerais

03/02/2022

Fonte: Diário do Comércio

Em 2021, o consumo de combustíveis, em geral, ficou 3,7% maior em Minas Gerais. Ao todo, foram consumidos 15,06 milhões de metros cúbicos. Apesar da alta, o volume ficou menor que o comercializado em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19. Entre os combustíveis mais usados, o etanol encerrou o ano com queda de 14,6% frente a 2020. O consumo da gasolina avançou 13,9% e o do diesel, 7,1%. No último ano, o mercado dos combustíveis foi marcado por constantes e significativas altas nos preços, o que impacta o consumo.

De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Minas Gerais, apesar de o consumo superar em 3,7% o volume de 2020, a demanda ficou  0,56% menor que os 15,14 milhões de metros cúbicos consumidos em 2019. Em dezembro de 2021, quando o volume total ficou em 1,2 milhão de metros cúbicos, a demanda pelos combustíveis ficou 2,25% inferior à registrada em igual mês de 2020.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães, explica que apesar da pandemia de Covid-19, em 2021 as vendas de combustíveis cresceram em Minas.

Isso foi possível, principalmente, devido ao transporte rodoviário dos produtos. Por isso,  as vendas de diesel cresceram mais. A gasolina cresceu muito porque substituiu o etanol, que ficou muito caro na safra 2021. Então, praticamente não houve alteração”.

Entre os mais consumidos no Estado, o destaque é a gasolina. Ao todo, foram comercializados 3,69 milhões de metros cúbicos durante 2021, o que representou um avanço de 13,9% frente a 2020, quando o consumo ficou em 3,29 milhões de metros cúbicos. A demanda pelo combustível fóssil superou em 11,7% o consumo registrado em  2019.

Em dezembro, foram comercializados 402,4 mil metros cúbicos de gasolina em Minas Gerais, 20,7% a mais se comparado com dezembro de 2020 e 24,9% frente a novembro. Segundo os dados da ANP, o montante registrado em dezembro foi o maior volume mensal do ano.

A produção de gasolina em Minas Gerais, feita na  Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), somou 2 milhões de metros cúbicos em 2021, superando em 14,3% o volume produzido em 2020.

Assim como na gasolina, as vendas de diesel ao longo de 2021 ficaram maiores.  Ao todo, foram comercializados 7,48 milhões de metros cúbicos, variação positiva de 7,1% frente ao ano anterior. Conforme os dados da ANP, o volume foi o maior registrado desde 2014, quando as vendas somaram 7,53 milhões de metros cúbicos.

Somente em dezembro, as vendas de diesel em Minas chegaram a 589,6 mil metros cúbicos, superando em  2,75% o volume vendido em dezembro de 2020 e caindo 0,79% frente a novembro.

No ano, a Regap produziu 3,9 milhões de metros cúbicos de diesel, alta de 8,2% frente a 2020. O volume também superou 2019, quando a produção chegou a 3,6 milhões de metros cúbicos.

Etanol em sentido oposto

Já a demanda pelo etanol hidratado caiu expressivamente em 2021. Com preços mais elevados, o que tornou a paridade desvantajosa frente à gasolina, a demanda retraiu 14,6% em Minas Gerais. Foram consumidos 2,34 milhões de metros cúbicos no período.

Em Minas, o volume de etanol hidratado consumido em 2021 foi o menor registrado desde 2017. Frente a 2019, ano em que a paridade entre os preços do etanol e da gasolina ficou mais interessante para o biocombustível, a queda chegou a 26,54%.

Ao longo de dezembro de 2021, foram comercializados nos postos 168,1 mil metros cúbicos de etanol hidratado. O volume ficou 40,2% menor que os 281,6 mil metros cúbicos registrados em dezembro de 2020 e  20,9% superior se comparado com novembro.

No ano passado, a produção de etanol hidratado em Minas caiu 22,6% frente a 2020, somando 1,6 milhão de metros cúbicos. A queda ocorreu devido ao clima, que afetou de forma negativa a oferta de cana-de-açúcar.

Para 2022, segundo o Minaspetro, a tendência é de aumento do consumo. “Apesar do início difícil com a Ômicron,  a gente acredita que, até final de fevereiro, quando deve ocorrer o pico da Ômicron, segundo os especialistas, não deve haver novos fechamentos e esperamos ter um ano de 2022 com crescimento de vendas no setor de combustível”, disse o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.