Investing.com – Os preços do petróleo recuaram ligeiramente nesta segunda-feira, ampliando as fortes perdas da semana anterior, enquanto preocupações com o excesso de oferta global e perspectivas de demanda fraca continuaram dominando o sentimento do mercado.
Às 08:05 (horário de Brasília), os futuros do petróleo Brent com vencimento em fevereiro caíram 0,2% para US$ 61,02 por barril, e os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) recuaram 0,2% para US$ 57,15 por barril.
Na semana passada, ambos os benchmarks registraram queda de mais de 4%, impulsionada principalmente pelos temores de que a oferta global de petróleo esteja superando o crescimento do consumo.
Analistas alertaram que os mercados globais de petróleo estão entrando em 2026 com um superávit, à medida que o aumento da oferta da Opep+ e de produtores não-OPEC coincide com um crescimento moderado da demanda, particularmente da China e da Europa.
Essas preocupações têm deixado os preços do petróleo com dificuldades para encontrar suporte sustentado, apesar de períodos de risco geopolítico.
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Negociações sobre a Ucrânia pesam; dados da China em foco
Os preços do petróleo também foram pressionados pelas expectativas de que os esforços diplomáticos para encerrar a guerra na Ucrânia possam eventualmente trazer mais barris russos de volta aos mercados globais.
Conversas recentes envolvendo autoridades dos EUA e da Rússia alimentaram especulações de que um acordo de paz, se alcançado, poderia levar a um alívio gradual das sanções, aumentando a oferta e adicionando mais pressão sobre os preços.
Dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que a produção industrial chinesa ficou abaixo das estimativas em novembro, enquanto as vendas no varejo também decepcionaram, destacando o impulso desigual na segunda maior economia do mundo.
A China – maior importadora de petróleo – continua enfrentando crescimento moderado e fraqueza persistente em seu setor imobiliário, reduzindo a demanda por commodities industriais.
Riscos geopolíticos fornecem suporte
O petróleo encontrou pouco suporte duradouro dos contínuos ataques à infraestrutura energética russa, que levantaram preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento, já que as negociações de paz dominaram o sentimento.
Tensões renovadas entre os EUA e a Venezuela proporcionaram algum suporte de curto prazo aos preços. Washington recentemente intensificou a pressão sobre Caracas, levantando preocupações de que ações de fiscalização mais rigorosas possam restringir o fluxo de petróleo venezuelano.
A Venezuela possui algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, e qualquer interrupção em suas exportações poderia apertar o fornecimento na margem.
Ayushman Ojha contribuiu para este artigo
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