Vibra Investor Day: crescimento e recuperação de market share

10/12/2025

Fonte: braziljournal

Depois de recuperar volumes, reforçar a disciplina financeira e operar num ambiente regulatório mais previsível, a Vibra chegou ao seu Investor Day mostrando que deixou a volatilidade para trás e está pronta para um novo ciclo de crescimento até 2030.

Neste ano, a líder do mercado de combustíveis consolidou seu maior embandeiramento de postos nos últimos cinco anos, retomou o crescimento do market share e da geração de caixa.

Somente no terceiro tri, a empresa entregou R$ 3,5 bilhões de geração de caixa operacional – um dos números mais robustos de sua história.

Isso tudo aconteceu ao mesmo tempo em que a Vibra fortaleceu sua base de clientes, acelerou o cross-sell e registrou recordes em lubrificantes.

“Estamos construindo o legado de uma companhia que voltou a crescer no core, recuperou market share de forma definitiva, gerou caixa e entrou em novo ciclo de crescimento com rentabilidade, disciplina e foco no cliente,” disse Ernesto Pousada, o CEO da Vibra, durante o evento.

Pousada enxerga espaço para a companhia entregar muito mais. Para isso, segue focada em cinco avenidas estratégicas que guiam a empresa até 2030 – uma evolução direta do que foi anunciado no Investor Day do ano passado

Mas, agora, a empresa está apoiada em resultados tangíveis.

Um exemplo é a busca da companhia pela liderança incontestável em postos de serviço. A Vibra abriu 357 novos postos em 2025, o maior número desde 2020, reafirmando mais uma vez a força da marca Petrobras como ativo central da estratégia.

Segundo Pousada, o ambiente regulatório mais equilibrado especialmente no terceiro trimestre – com avanços como monofasia do etanol, sanções de CBIOs, solidariedade tributária e o avanço do PL do Devedor Contumaz – criou um cenário de concorrência justa, reduzindo o impacto do mercado irregular.

Resultado: o volume de combustível vendido pela rede subiu 6% em relação ao segundo tri, enquanto o market share aumentou 0,1 ponto no mesmo período, chegando a 23,8%. Tudo isso em consonância com o aumento das margens. 

Em 2026, a Vibra seguirá com foco em ampliar sua liderança, reforçando sua parceria com a revenda e acelerando embandeiramento. A companhia também pretende expandir canais digitais, evoluir a eficiência logística e aprofundar iniciativas comerciais que reflitam em resultados sustentáveis, visando sempre o fortelecimento do relacionamento com seus revendedores.

Já no B2B, a Vibra ampliou sua base total de clientes em 5% em 12 meses e avançou 14% no cross-sell no mesmo período.Os destaques ficaram com os combustíveis segmentados como o Agritop e os lubrificantes, que possuem maior margem e aumentam a fidelização.

Pousada explica que o agro segue como frente prioritária nessa área e que agora conta com uma estrutura comercial mais madura e uso intensivo de IA para precificação, aumentando a eficiência.

A terceira avenida da Vibra é colocar a logística como um motor de eficiência e fonte de valor para os acionistas.

Em 2025, a companhia reduziu R$ 350 milhões em custos de frete, otimizando rotas com uso de AI, ampliando cabotagem e combinando modais para diminuir custos e emissões.

Para 2026, a agenda da Vibra inclui a monetização de ativos logísticos, a otimização de bases menos produtivas, aumento do protagonismo na aquisição do etanol e o avanço na originação competitiva.

O mercado de lubrificantes também segue como uma grande oportunidade para a Vibra. No terceiro tri, a marca Lubrax registrou um volume recorde de 81 mil m³ – uma alta de 13% na comparação anual. 

Isso fez com que Lubrax mantivesse a liderança Top of Mind pelo nono ano consecutivo, consolidando os lubrificantes como uma das áreas mais rentáveis da Vibra.

Mas há espaço para mais na visão de Pousada. Para destravar o mercado latino-americano, a Vibra criou uma unidade de negócio dedicada aos lubrificantes, que vai ser liderada pelo executivo Marcelo Bragança. 

Para o ano que vem, Bragança terá como prioridade ampliar o portfólio premium de Lubrax, elevar a ocupação da fábrica de Duque de Caxias e reforçar a presença do lubrificante em concessionárias, montadoras e mercados internacionais.

Por último, a Vibra reforçou a disciplina na área de renováveis guiada pelo foco no retorno – especialmente na captura de sinergias com a Comerc.

Isso ficou claro com os resultados da Comerc que, mesmo em um cenário desafiador de curtailment, entregou um EBITDA @stake de R$238 milhões no terceiro tri, chegando a R$780 milhões no ano.

Para 2026, a Vibra colocou como prioridade a conversão de mais EBITDA da Comerc em caixa; assim como a expansão da base em geração distribuída; o crescimento em eficiência energética, baterias e serviços de gestão; o endereçamento do impacto de curtailment em geração centralizada; e, principalmente, a busca por sinergias em níveis superiores ao previsto originalmente.

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