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Arrecadação federal soma R$ 104,2 bi e tem melhor agosto desde 2015

21/09/2017

Fonte: Valor Econômico

A Receita Federal registrou arrecadação total de R$ 104,206 bilhões em agosto, o que representa aumento real de 10,78% na comparação com mesmo mês de 2016. O resultado é o melhor para meses de agosto desde 2015.

Sem correção inflacionária, a arrecadação em agosto subiu 13,5%, perante um ano antes, quando havia somado R$ 91,808 bilhões.

De janeiro a agosto, houve o recolhimento de R$ 862,739 bilhões em impostos e contribuições, crescimento real de 1,73% no confronto com o ano anterior. Sem considerar o efeito da inflação, a elevação foi de 5,67%.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação de agosto foi influenciada principalmente pela melhora da arrecadação de tributos sobre o lucro (IRPJ/CSLL), pela arrecadação de PIS/Cofins sobre combustíveis em decorrência da elevação das alíquotas aplicáveis à gasolina e diesel e pelo incremento da atividade econômica.

Além disso, houve impacto do Refis, com o qual houve arrecadação de R$ 1,804 bilhão no oitavo mês deste ano. O prazo de adesão ao Programa de Regularização Tributária (PRT/PERT), o chamado Refis, termina no dia 29 de setembro. o Programa de Regularização Tributária (PRT/PERT), o Refis.

“Podemos dizer que o resultado em agosto foi impactado fortemente pelo aumento da arrecadação dos tributos sobre o lucro, pela receita dos parcelamentos, pela elevação da alíquota sobre combustíveis, pela atividade econômica como um todo e pelos trabalhos da administração tributária”, afirmou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias.

Levando em conta somente as receitas administradas pela Receita, houve aumento real de 10,64% em no oitavo mês de 2017, em relação ao mesmo intervalo do calendário anterior, para R$ 102,228 bilhões. Em termos nominais, a variação foi positiva em 13,36%. Nos oito primeiros meses de 2017, as receitas administradas totalizaram R$ 837,872 bilhões, expansão de 0,81% em termos reais e de 4,71% em termos nominais.

Já a receita própria de outros órgãos federais cresceu, em termos reais, 18,68% em agosto, ante um ano antes, para R$ 1,978 bilhão. Pelo critério nominal, a elevação foi de 21,59%. De janeiro a agosto, o montante correspondeu a R$ 24,866 bilhões, variação positiva real de 46,81% e nominal de 52,28% no comparativo com mesmo período do ano anterior.

Conforme os dados da Receita, a arrecadação de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) somou R$ 12,711 bilhões, acréscimo de 24,6%. A variação foi motivada basicamente pela arrecadação à vista de valores decorrentes do Refis e aos pagamentos de estimativa mensal, tanto por parte de empresas financeiras quanto não financeiras.

Já o recolhimento de PIS/Cofins – Combustíveis registrou aumento real de 72,71% em agosto, perante mesmo mês de 2016, somando R$ 1,851 bilhão.

Incluindo o parcelamento da dívida ativa (IRPJ/CSLL), a arrecadação do Refis somou R$ 5,455 bilhões de janeiro a agosto. Um ano antes, esse valor correspondia a R$ 26 milhões.

O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita apontou ainda que, em agosto, houve alta na arrecadação do Imposto de Importação/IPI Vinculado, de 6,52% em termos reais, para R$ 4,297 bilhões.

“Sempre que importações apresentam crescimento real, isso significa na frente um aquecimento da atividade econômica, porque os bens importados significam matéria-prima para a indústria”, explicou Malaquias. “Empresas comprando produtos, aumento da demanda agregada. Tivemos crescimento na atividade da indústria química e de alimentos, o que contribuiu para o aumento na arrecadação do IPI”, acrescentou.

O Minaspetro divulga notícias de outros veículos como mera prestação de serviço. Esses conteúdos não refletem necessariamente o posicionamento do Sindicato.